Aqui vai o resumo dos 8 dias no Via de Prata "Caminho de Santiago".
Dia 1
1º dia foi de grande ansiedade para mim e para Tó Tiago, 4h00 da manha lá partimos de Foz Côa para Sevilha, com Antonio e a Inês que mos traziam depois o carro de volta.
Chegada a Sevilha pelas 11h30 Hora espanhola, decidimos almoçar 1º antes de ir a catedral para carimbar a credencial do peregrino mas tivemos que esperar mais 45m para que abrissem os restaurantes "estes espanhóis comem tarde".
Depois do almoço lá fomos para catedral e mais umas voltas até arranjar o estacionamento, assim feito mos equipamos e as bicicletas prontos para a partida junto da catedral de Sevilha mais umas fotos e toca a pedalar porque já se fazia tarde 15h00, a saída lá íamos perguntando por onde era o caminho e apareceram as primeiras setas amarelas.
Os primeiros 20km são de asfalto o que deu para aquecer, depois começa o terreno de terra batida e o 1º obstáculo ribeiro de agua e outros se seguem depois.
Minha 1ª avaria corrente partida que em 10m resolvemos o problema e o caminho a ficar pior, visto que a chuva não deu tréguas nesta zona.
Já quase a anoitecer faltando um 1,5km para Almaden de la Plata eis que temos uma picada no qual tivemos que puxar as bicicletas a mão "Cerro del Calvario" um mirador com 561 metros de altitude" e como se não basta-se tivemos que descer com as bicicletas a mão igual.
Chegamos ao albergue pelas 21h45 e tivemos sorte porque fechava as 22h00 mas como o Real Madrid estava a jogar pediram para fechar as 24h00, tomamos banho e jantamos e toca a dormir.
Dia 2
7h00 hora de saída preparar as "burras", pelo caminho a uns 20km paramos no café para pequeno almoço "pelas aldeias que passávamos".
Encontramos um grupo de btts que andavam a passear pelo caminho o que nos dei ânsia de pedalar mais mas não podíamos por causa dos alforges, ai foi o meu 1º erro de andar um pouco mais depressa, pois o meu suporte mais uns kms a frente partiu do lado direito. Conseguimos resolver temporariamente.
Seguindo o caminho e as setas amarelas começa o que eu já chamo o curso de porteiro, abre portão, fecha portão..., parávamos para atestar nos pontos de agua que havia para encher os bidões.
Hora de almoço levamos connosco o que chamamos Isabela "Isabel" com bastantes nutrientes e mais uma paragem numa aldeia para sobremesa um geladinho que vinha mesmo a calhar com o calor que fazia.
Pelas 15h00 começa o que menos esperava-mos o meu suporte partiu em mais 2 sítios impossível consertar, a dureza do caminho tinha acabado com o meu suporte. E agora?!... Desmontamos todos os 3 alforges e saco cama do meu suporte e o Tó Tiago disse tira as alças do 3º alforge, eu nem sabia que o 3º alforge fazia de mochila e então atei o saco cama ao 3º alforge e o Tó Tiago levou os resto dos 2 alforges na BTT dele. Foi difícil ter de levar as costas o alforge, não aconselho a minguem, tivemos que fazer uns 30km pela estrada até chegar a uma vila chamada Villafranca de los Barros onde havia 2 lojas de bicicletas e como era Domingo estavam fechadas.
Ficamos em Villafranca de los Barros numa pensão para eu puder no dia a seguir comprar um suporte novo.
Dia 3
Levantamos pela 8h30 pois tinham nos dito que a loja só abria as 9h30 mas afinal não, só abriu as 10h30 lá veio o patrão que afinal até já tinha participado numa das voltas a Portugal em bicicleta "http://www.bicicletassolera.com". Colocamos o suporte na minha btt e a minha moral que estava um pouco em baixo aos poucos começou a levantar com o suporte já montado. Tiramos uma foto para recuerdo toca a carregar os alforges na burra, já 12h00 quando saímos de Villafranca de los Barros com este azar já tínhamos perdido mais de meio dia de andamento.
Com a moral levantada fizemos nos ao caminho com força, varias ponte romanas neste dia mais alguns ribeiros, ainda tivemos de aproveitar um caminho de ferro para passar mais um ribeiro, na passagem de Merida uma cidade grande mais um engano de percurso para sair custou-nos 1h30m.
Chegada a Aldea del Cano onde conhecemos Peter "Peregrino a Pé" um Alemão que falava português pois tinha vivido no Brasil São Paulo e adepto onde conversamos um pouco no albergue e com 2 canadianos "pai e filho" quem faziam também o via de Prata em BTT com apenas 3kg nos alforges . Fiquei com inveja de não poder levar só 3kg, tinha 16 kg.
Dia 4
7h00 toca a tomar o pequeno almoço e preparar a "burra" o Peter já tinha saído as 5h00, as 7h30 fui acordar os 2 canadianos como eles tinham pedido e saímos nós a pedalar.
Mais a frente lá encontramos Peter que já tinha caminhado uns 6kms ele tinha encontro em Cáceres com uma amiga tinha de chegar cedo, ainda lhe faltavam 15kms.
Em Cáceres foi uma das cidades em que não mos perdemos, tentamos recuperar o tempo perdido embora o vento não ajuda-se não sei por que razão mas vinha de frente contra nós.
Encontramos um peregrino que estava a fazer o caminho a cavalo Tó Tiago conversou com ele e disse-lhe que já tinha preparado antes o caminho pois tinha que ver onde podia pernoitar o cavalo e ao mesmo tempo ia deixando comida.
A cavalo acho que é mais complicado fazer o caminho.
Pelas 15h00 encontra-mos um grupo de btt "uns 12" que estava a fazer o caminho desde Mérida até Santiago de Compostela mas tinham carro de apoio, portanto não transportavam alforges, que maravilha se pudéssemos eu e o Tó Tiago.
Chegada a Carcaboso pelas 18h00.
Dia 5
Este dia fica marcado pela subida aos 1000 de altitude foi sempre a trepar.
Passagem pela cidade Romana de Caparra ainda em escavações.
E o caminho é sempre de novidades e desta foi um cão com alforges acompanhando a dona que ia a pé.
Na passagem em Puerto de Béjar fomos a carimbar as nossas credenciais nesta simpática casa, onde habitam duas meninas solteiras onde nos mostraram um frigorifico já antigo. "Vão ver em filmagem"
Chegada a Fuenterroble de Salvatierra um albergue onde se põem um donativo e com muitos hospitaleiros de vários países entre eles que conhecemos Italiano,Ingles, Alemão e Venezuelano este que dei uma missa as 19h00 onde eu e Tó Tiago assistimos com mais peregrinos.
Dia 6
Saída bem cedo de Fuenterroble e foi a etapa dos concretizar 500km feitos e um furo do Tó Tiago logo resolvido.
Passagem por Salamanca onde se pode andar pelo meio da cidade de bicicleta tem ciclo via o que nos ajudou muito e só para lembrar que estamos perto de casa 200kms é um dos pontos mais perto de Foz Côa no Caminho de Santiago Via de Prata.
Chegamos a Zamora onde ficamos no Albergue, onde logo nos avisaram que a uns dias atrás tinham roubado 2 bicicletas, o Tó Tiago ficou até as 22h00 de pé para por as bicicletas dentro pois eu esse dia estava de rastos eram 20h00 já estava na Cama a dormir."Sabem aqueles dias que estamos sempre a ir a casa de banho"
Dia 7
Este é o dia de separação do via de Prata e entrar-mos no Caminho Sanabrés tinha-mos seguido para Norte e agora íamos para Oeste.
Dia em que começou a cair algumas pingas mas nada que assusta-se.
Chegamos ao albergue de Puebla de Sanabria onde conheçemos David espanol e um Suíço que se ia embora as 2h00 para Suiça pois tinha acabado as Férias e para o ano que vem continuava de Puebla de Sanabria até Santiago.
David um espanhol simpático onde fizemos amizade e onde proveu pela 1ª vez carne de cavalo o que é muito bom tem de provar. Chegaram ao albergue 4 portugueses de bicicleta que tinham começado em Bragança, também pessoal porreiro.
Dia 8
Boa deposição não faltou de manha estava tudo a rir isto porque a noite das 3h00 até as 7h00 quase minguem dormiu um dos portugueses que vinham de Bragança tinha roncado quase toda noite o David ainda deu 3 pontapés a cama mas nada, lá continuava o mesmo som, mais umas palavras e dizer para pôr-mos na rua a dormir, mas era pesado.
E assim lá despedimos do David e começa-mos a pedalar a etapa de hoje era mais pesada tinha-mos a subida de 900m a 1330m de altitude e que frio estava,
encontra-mos um Inglês que levava ainda mais peso do que nós mas acompanhou-mos até aos 1330m .
O tempo começou a ficar mais negro e começaram a cair umas pingas e o frio não nos deixava.
Chegamos a Gudinã onde o caminho tem mais uma separação podemos escolher ir por Vérin ou por Laza, eu e o Tó Tiago decidimos ir por Laza pois ainda não conheciamos e que bela escolha foi sempre um sobe e desce, já parece Foz Côa.
Depois de passar-mos Laza a uma picada de 10km muito dura demoramos mais de 1 hora mas valeu a pena pois encontramos uma das paragens mais conhecidas "Rincon del Peregrino" onde deixamos a nossa Vieira assinada .
A partir daqui a chuva não nos deixou até Orense cerca de 45km, em Xunqueira de Ambia encontramos com os nossos conterrâneos, Rui Teixeira, António Nevado e João Nevado o que nos deu uma força e alegria de continuar até Orense.
Chegamos ao albergue de Orense onde já conhecíamos o Sérgio que nos carimbou a credencial e o Tó Tiago tinha promessa de por os cêntimos mais altos na parede e que o fez mesmo e promessa cumprida.
Só já faltava 110km para Santiago, ao jantar eu e Tó Tiago decidimos parar como fez o Suíço e fazermos num fim de semana oportuno e mais quente para acabar o Caminho de Via da Prata visto que já só tínhamos mais um dia e precisávamos de 2 dias.
Continua.........
Carlos Gabriel
Video
http://viadepratasantiago2010.blogspot.com/
1 comentário:
fotos espectaculares e pelo que vi sempre boa disposição e resolução de problemas praticos
fica bem abraços abel gabriel
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